Capítulo II Sermão de Santo António
Capítulo II - Análise e resumo
Qualidades dos peixes em geral:Qualidades de Ouvintes: Ouvem e não falam;
Defeitos de Ouvintes: Não se deixam converter;
QUALIDADES E VIRTUDES EM GERAL:
O capítulo começa com duas boas qualidades dos peixes em geral: são bons ouvintes porque ouvem e não falam. Só há uma coisa que pode desmotivar um pregador, que é por não se poder converter os peixes.
Mas essa dor, segundo o orador, é tão habitual e ordinária que já nem dói (aqui esta dor refere-se claramente ao fato de não ser possível converter os homens que pecam e que não têm Deus no seu coração. Por essa razão essa dor é tão ordinária, já é conhecida e já foi sentida noutras ocasiões). Por isso, o padre decide não falar em Céu ou Inferno, pois assim o sermão será menos triste, visto que as ações dos homens levam-no sempre a relembrar-se destes dois fins.
É então explicado aos peixes a função do sal. Ou as duas: conservar o são e preservá-lo para que não se corrompa. Estas duas propriedades faziam parte do Santo António também. É então dito aos peixes que o sermão será dividido em dois pontos, sendo que no primeiro serão louvados as virtudes dos mesmos, em geral e em particular e no segundo serão repreendidos os vícios dos mesmos, em geral e em particular.
São então descritas as qualidades dos peixes em geral, que se encontram resumidas e representadas no quadro que se segue:
Virtudes que dependem sobretudo de Deus
• foram as primeiras criaturas nomeadas pelo homem.
• são os mais numerosos e os maiores.
• obediência, quietação, atenção, respeito e devoção com que ouviram a pregação de Santo António.
Virtudes naturais dos peixes
• não se domam.
• não se domesticam.
• escaparam todos do dilúvio porque não tinham pecado.
Os peixes não foram castigados por Deus no dilúvio, sendo, por isso, exemplo para os homens que pouco ouvem e falam muito, pouco respeito têm pela palavra de Deus.
Evidencia-se que os animais que convivem com os homens foram castigados, estão domados e domesticados, sem liberdade.
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